segunda-feira, 9 de agosto de 2010

David Icke | Guia da Conspiração Global (e como acabar com ela)

Então Quem Somos?

O verdadeiro valor do ser humano pode ser encontrado no nível em que
alcançou a libertação do seu próprio ser.
Albert Einstein

Contem-me anedotas, enquanto eu constato o óbvio... perdemo-nos porque
não sabemos onde estamos. Claro, simples. Perdemo-nos porque não temos
informações que nos digam onde estamos e, sem essas informações,
não conseguimos encontrar o caminho de casa. Igualmente óbvio.
Como é que podemos chegar a algum lado se logo à partida não sabemos
onde estamos?
Tudo isto pode ser básico, mas o que está à nossa frente não está sempre na
nossa mente. Como diz o ditado: Se queres esconder algo, coloca-o à vista de
todos. O que eu acabo de descrever é precisamente a situação da “raça humana”.
Estamos perdidos porque (a) não sabemos onde estamos e (b) não temos acesso
às informações necessárias que nos dizem onde estamos. De facto, no nosso caso,
ainda vai mais longe. Nem sabemos quem somos e onde fomos deixados.
Como escreveu John Lennon: “Como posso seguir em frente quando não sei que
caminho enfrentarei? Como posso seguir em frente, se não sei para onde virar?”.
Sem estas coordenadas – quem somos e onde estamos – como é que pode fazer
sentido o que vemos e vivemos? Não pode. Então, tentamos adivinhar (muitas
vezes descontroladamente) e estes palpites são denominados por religião
e teorias científicas. Falamos em “palpites educados”, baseados na melhor
informação disponível que temos, mas e se essa informação, expressada através
da religião e da ciência, foi danificada e ainda mais significativamente,
fabricada para ser assim?
Estariamos perante uma situação ainda mais confusa do que simplesmente
o não saber para onde ir. Seríamos enviados para a direcção errada, acreditando
que o transeunte com a mitra ou o microscópio sabia do que estava a falar.

Hoje existe um entendimento crescente de que os nossos mapas estão fora de
validade e que os temos lido de forma errada. Ou então, tivemos o trabalho feito por
nós, por agentes, muitas vezes até sem o seu conhecimento, de um sistema que
pode apenas existir mantendo-nos na ignorância das coordenadas que nos levarão
para casa. Alguém tem andado a mexer nos sinais de trânsito para nos confundir e
controlar e este livro foi projectado para ser um guia de quem nós somos, onde
estamos e de como alguns estão a manipular a nossa vida quotidiana a um certo
nível e com um fim, que até os pedintes acreditam.
A partir daqui, tudo o resto virá e o que parecia até agora ser um mundo louco,
desconcertante e inexplicável, irá ser focado.
O mundo parece louco porque temos estado a olhar para ele do ângulo errado.
Olhem para ele de um outro ângulo e...” uau, então é isto que se passa!”

Em primeiro lugar, ponto chave número um: Quem somos?
Se se perguntar à maioria das pessoas quem são, teremos provavelmente
uma resposta do género: “Sou o Joe Bloggs, empregado de escritório da Tooting em
Londres. Sou casado e tenho três filhos. Gosto de futebol e de jardinagem e gostaria
de visitar o meu irmão na Austrália”. Ouvimos sempre este tipo de resposta
de pessoas que vão a programas de televisão e que são convidadas a “falar sobre
si”. As pessoas identificam-se com o seu emprego, salário, gostos e também aquilo
a que chamariamos a sua personalidade – “gosto de me divertir”; “gostaria de estar
em casa e ter uma vida sossegada”, ou qualquer coisa do género. Mas outro “e se”?
E se dissermos que nós, a nossa personalidade e até o nosso sexo não somos, de
todo, nós? E se estas são todas expressões de um programa informático?
Pensaríamos que seria loucura se perguntassem a um astronauta quem ele é e ele
começasse a contar os pormenores do seu fato espacial: “Sou um fato da Nasa, um
Mark III, nascido nos anos 90. Tenho um tronco rígido, sistemas de movimentação
das ancas, rolamentos nos ombros e junções de abducção na cintura e quadril.
Tenho a capacidade de aguentar a pressurização em 0.56 atmosferas e gostaria de
visitar o meu irmão na Estação Espacial Internacional”. Diríamos que este astronauta
já teria sofrido bastante com a pressurização. O que é que este doido está a fazer
ao identificar-se como sendo o seu fato espacial? Ele precisa mesmo de ajuda
e rapidamente. Sim, precisa mesmo, mas não está sozinho, está?
Os seres humanos fazem exactamente a mesma coisa. Acreditamos que somos
o nosso fato espacial e se acreditarmos em tal, então perdemos todo o enredo.
Como poderia um astronauta trabalhar se pensasse que era o seu fato espacial?
Haveria caos e confusão a uma larga escala, correcto? Como poderia ser de outra
maneira?
Então, a primeira revelação no caminho para a liberdade: não somos o nosso
corpo, é um computador biologico fantástico que estamos a usar para vivermos esta
realidade. É um veículo, um meio, não é um “nós”, ou “eu”. Então, é o nosso corpo.
Não somos o nosso corpo, somos Consciência Infinita, o Tudo o que Existe,
um campo de energia que há dentro de todos os mundos e em mundo algum.

Quem Somos?
A única diferença é o nível de consciência, de que somos Tudo o que Existe.
Quanto maior for a consciência disso, mais teremos acesso ao nível de
conhecimento e percepção; mais pensaremos como um ser individual e à parte
de tudo o resto, mais nos desligaremos do Ser Infinito que na verdade somos.
Vivemos num reino de divisão e distância, porque nos esquecemos e fomos
manipulados para esquecer a nossa verdadeira e infinita natureza.
Albert Einstein descreveu a realidade como sendo uma “uma ilusão, embora
persistente” e disse:
“Um ser humano é parte do todo, por nós denominado de Universo, uma parte limitada
no tempo e espaço. Ele experiencia-se a si próprio, os seus pensamentos e
sente-se algo separado do resto, um género de ilusão de óptica da sua consciência.
A ilusão é um tipo de prisão, que limita os nossos desejos pessoais e afecto e restringe
a pessoas que estão perto de nós. A nossa tarefa será libertar-nos desta prisão,
alargando o nosso círculo de compaixão, de modo a que consigamos abraçar
todos os seres vivos e toda a natureza, na sua beleza”.
Mais ainda, para abraçarmos o facto de que somos Consciência Infinita,
ou o que eu chamaria Consciência Infinita. Este é um nível de consciência que
sabe que é tudo. É o todo auto-consciente. Pensem na diferença entre uma gota
de água e o oceano; a gota simboliza o sentido de divisão, o eu individual, desligado
de tudo o resto. É como quando nos identificamos como “Bill Bloggs”
ou “Ethel Jones”. Mas coloquem a gota novamente no oceano e então,
onde é que termina o oceano e começa a gota?
Não existe um início nem um fim, nem Alpha ou Omega, porque tudo é Um.
A esse nível, não existe um “nós”, apenas um Infinito “Eu”. Uma parte daquele
oceano pode ser calma e pacífica e outra parte pode estar zangada, mas mesmo
assim, é o mesmo oceano, a mesma “Unidade”. Somos sempre o oceano, a
Consciência Infinita e não nos podemos literalmente, desligar dele. No entanto,
quando nos esquecemos de quem somos, podemos ficar confusos e ser levados
por um sentido de divisão e pensar que somos a gota e então entendemos
a realidade através da pequena lente criada nas nossas mentes.
Esta lente entende aquilo em que acredita e manifesta-se através de uma
experiência que vai de encontro à crença. Pensem pequeno e são pequenos,
mesmo sendo uma Possibilidade Infinita. Esta é a situação daquilo a que chamamos
Humanidade. Somos o oceano, a Consciência Infinita, mas acreditamos que temos
pouco poder, que somos apenas uma gota insignificante. Identificamo-nos como
divisão e “partes”, não como unidade. Isto aconteceu devido à manipulação massiva
do nosso sentido de realidade, que nos levou a identificar o “Eu” com o computador
biológico a que chamamos o nosso corpo.
Observem quantas religiões afirmam que é blasfemo dizer que somos o Todo,
ou seja, aquilo a que eles chamam de “Deus”. Não podemos dizer que somos
“Deus”; temos de ser humildes e aceitar que somos os pecadores submissos que
devemos temer o Poderoso – eles. Habituemo-nos a ser insignificantes,

Porque apenas se os homens de batina disserem palavras agradáveis por nós, temos
hipótese de evitar o tipo da forquilha. Este disparate foi dito por aqueles que
controlam as religiões (não os subordinados programados, de chapéus esquisitos),
para nos prender no nível informático da percepção, o nível em que somos facilmente
conduzidos como um rebanho. Ouçam a linguagem da religião – “O Senhor é o nosso
pastor e nós fazemos parte do rebanho”. Chamo aos que estão presos à realidade
do corpo-informático “inconscientes” e aos que têm a consciência do grande todo,
conscientes. Na verdade tudo é consciente; apenas o nível de consciência é diferente,
mas utilizarei os termos “consciente “ e “inconsciente” para que se mantenha o mais
simples possível. Por esta definição, quase toda a população é inconsciente, porque
se identificam através do seu corpo-informático (Figura 1). Felizmente estamos num
ponto de viragem, em que tudo isto está a começar a mudar.


Retirado do livro de David Icke Guia da Conspiração Global (e como acabar com ela)

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